A osteoporose é uma doença osteometabólica (do metabolismo do osso), crônica, multifatorial, caracterizada por uma diminuição progressiva da massa óssea, o que leva a fragilidade do osso, com consequente, aumento do risco de fraturas.
A doença pode surgir por mecanismos fisiológicos (osteoporose primária), normalmente em mulheres na pós-menopausa, devido a alterações hormonais ou em mulheres e homens após 70 anos por alterações do próprio envelhecimento. Ou também, pode ser decorrente de distúrbios ou doenças associadas (osteoporose secundária), geralmente em faixas etárias mais jovens.
Com a progressão da doença, os ossos tornam-se mais frágeis sem que os indivíduos percebam, até que ocorra uma fratura. As fraturas osteoporóticas normalmente ocorrem após um trauma mínimo, que não provocaria fratura em um osso normal. Por isso, são chamadas de fraturas de fragilidade. Muitas vezes, fraturas na coluna vertebral não são percebidas pelo paciente, por não produzirem sintomas importantes. Após a primeira fratura, o risco de novas fraturas aumenta, o que impacta na mobilidade e na mortalidade dos pacientes.
A osteoporose por si só não causa sintomas. Por isso, todos os homens e mulheres de 65 anos ou mais devem realizar densitometria óssea ou, antes desta idade, em casos específicos.
O diagnóstico é baseado na história clínica detalhada e exame físico dos pacientes. O diagnóstico definitivo e o rastreamento precoce é feito através da densitometria óssea e raio-X da coluna vertebral. Exames de sangue e urina são necessários para pesquisar causas associadas e guiar o tratamento. No entanto, em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito após a ocorrência de uma fratura, mesmo se a densitometria óssea não comprovar osteoporose.
O tratamento precoce e a prevenção da doença são fundamentais. Identificar risco de quedas, evitar medicamentos que causam alteração cognitiva dos pacientes, detectar alterações de equilíbrio e da marcha, além de orientar adaptações em casa são medidas importantes para prevenir fraturas.
A reposição de cálcio na dose adequada, associado a vitamina D, na maioria das vezes, é a base do tratamento e pode também ser utilizado com prevenção, em casos específicos. Medicamentos que aumentam a formação óssea, ou diminuem a reabsorção natural do osso pelo organismo devem ser prescritos e orientados por um médico.
Atividades físicas regulares, sol e vitamina D interferem de uma maneira positiva na calcificação do osso e devem ser estimulados. Enquanto, o tabagismo, imobilização, ingestão alcoólica abusiva, uso de fórmulas para emagrecimento, e uso prolongado de corticosteroides devem ser evitados.