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Enfermidades da mão

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
Por: Dra. Ana Carolina da Silva

O QUE É?

Você sabia que a síndrome do túnel do carpo é uma das doenças mais comuns que afetam as mãos? Ela é mais frequente em mulheres de meia idade, mas pode acometer qualquer pessoa.

Ela ocorre devido a uma compressão do nervo mediano ao nível do punho. Confuso? Vamos te explicar melhor.

O nervo mediano é um dos mais importantes para o funcionamento da mão. Ele percorre todo membro superior e chega até a mão após atravessar uma estrutura chamada de ligamento transverso do carpo (figura abaixo). Esse ligamento forma o que chamamos de “teto” do túnel do carpo. Mas ele não atravessa essa estrutura sozinho. Junto com ele, existem mais 9 tendões atravessando esse túnel. E as vezes esse túnel fica apertado…

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Isso acontece quando há alguma inflamação no túnel do carpo ou mesmo devido a outros fatores. E então o nervo mediano fica apertado ali dentro e isso leva aos sintomas da doença.

QUAIS OS SINTOMAS?

Os principais são: dormência, formigamento ou sensação de inchaço na região que recebe a inervação do mediano (região da palma do polegar, indicador, dedo médio e metade do anelar), sensação de choque na região palmar do punho, dor que piora a noite e muitas vezes faz o paciente acordar.

Se não tratada, a doença pode progredir levando a atrofia da musculatura tenar. Sabe esse “gordinho” que fica bem abaixo do polegar, na região da palma? É dessa região que estamos falando. Além disso o paciente apresenta fraqueza para manipular objetos e o movimento de pinça fica prejudicado. Além disso, muitas vezes os pacientes deixam cair objetos sem querer.

COMO SE FAZ O DIGNÓSTICO?

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é clínico. Ou seja, seu médico, através de uma boa conversa, onde você lhe explicará melhor sobre sua dor e através do exame físico, chegará ao diagnóstico da doença e poderá avaliar a gravidade dela. Alguns exames complementares podem ajudar no diagnóstico. O principal dele é a Eletroneuromiografia, um exame onde todos os nervos do membro superior são avaliados e alterações neles podem ser detectadas.

E QUAL O TRATAMENTO?

O tratamento da doença varia de acordo com a gravidade. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor. Nos estágios iniciais, seu médico pode lhe prescrever medições (via oral ou injetáveis), uso de imobilizadores, principalmente durante a noite e fisioterapia ou terapia ocupacional direcionada para o problema. Se nada disso resolver, pode ser que a cirurgia seja a melhor opção. Tudo isso deve ser conversado com seu médico especialista para que se chegue na melhor conduta para seu caso.

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