Por: DRA. DANIELE FREITAS PEREIRA
Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória, crônica, que pode acometer todas as articulações, causando dor, inchaço (edema) e/ou aumento de temperatura local.
Alguns pacientes também podem apresentar febre baixa, anemia, cansaço (fadiga) e elevação de proteínas de fase aguda em exame laboratorial como velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR). A artrite reumatoide pode apresentar-se em qualquer idade e sexo, mas é mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos de idade. A causa da doença não é bem estabelecida, sabe-se que há um importante fator genético envolvido.
O diagnóstico da artrite reumatoide é baseado em critérios clínicos como inflamação (dor e edema) articular, principalmente em pequenas articulações (mãos e, punhos), associado a alterações em exames laboratoriais como fator reumatoide, peptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), VHS e, PCR, combinados ou não com alteração em exames de imagem como Raio X e/ou ultrassom.
Além das complicações inerentes a doença, como deformidade e dor que levam a incapacidade e disabilidade, a artrite reumatoide é considerada um fator de risco para doenças cardiovascular. Para minimizar este risco deve-se controlar a atividade inflamatória da doença, outras doenças e fatores de risco associadas, como: hipertensão, diabetes, tabagismo, dislipidemia.
O tratamento da artrite reumatoide é dividido em tratamento não medicamentoso: que consiste de orientações em geral, prescrição de órteses, terapia ocupacional e adaptações; tratamento medicamentoso: que consiste de anti-inflamatórios, corticosteroides oral ou infiltração, drogas modificadoras do curso da doença convencionais e biológicas; e tratamento cirúrgico: indicado para pacientes com disfunção grave, ruptura de tendão ou destruição articular.
A artrite reumatoide não tem cura, o objetivo do tratamento é diminuir a inflamação, controlar a dor, prevenir destruiçao e deformidade articular. A prescrição ideal varia para cada paciente. Após o controle da doença, é necessário manter o tratamento específico por um longo tempo. A participação e o envolvimento dos familiares é fundamental para o sucesso do tratamento.