A bicicleta acabou de completar 201 anos, inventada na Alemanhã, perto de 1817 e batizada primeiramente de “máquina de andar”, a bicicleta evoluiu, ganhou recursos tecnológicos, acessórios e está cada dia mais bonita.
A ideia de duas rodas caiu no gosto dos brasileiros, e além de ser a paixão das crianças, é também um dos esportes que mais ganham adeptos.
A bicicleta ganhou faixas exclusivas nas grandes cidades, é figura certa nas campanhas de proteção ao meio ambiente e ainda dá uma “mãozinha” no orçamento de muitas pessoas, que a usam para se deslocar pela cidade.
Pedalar sem dúvida traz muitos benefícios para a saúde, pois além da capacidade cardiovascular e pulmonar serem melhoradas, favorece as
articulações, melhora a mobilidade articular ampla, que dá longevidade para as cartilagens, estimula o equilíbrio, corrigi a postura e ajuda na coordenação motora, favorece o fortalecimento de importantes grupos musculares e previne doenças degenerativas crônicas.
Mas assim como em outros esportes, pedalar também pode causar lesões importantes, principalmente quando existe excesso de treino, quando comparados ao tempo de descanso e também pela falta de segurança no equipamento e ajustes inadequados nas bicicletas.
O primeiro passo para se começar a pedalar, é definir qual o tipo de atividade em cima da bicicleta estamos buscando, ou seja, será uma pedalada recreativa?, provas de velocidade ou de resistência? , teremos subidas e descidas íngremes? Definidos nossos objetivos em cima da “magrela”, podemos escolher qual tipo de bicicleta é mais adequada para utilizarmos.
Agora que escolhemos a nossa bicicleta, está na hora de nos ajustarmos a ela. Um profissional pode lhe ajudar com isso, ajustes no selim, pedivela, pedal, sapatilha e guidão, irão proporcionar uma pedalada mais eficaz, além de evitar sobrecargas articulares e musculares, minimizando os riscos as lesões.
São inúmeras as lesões de sobrecarga em cima de uma bicicleta, entre elas temos: dores anteriores nos joelhos, a síndrome do trato iliotibial distal (dor lateral no joelho e coxa), tendinopatia do bíceps femoral, dor lombar baixa, dor na cervical, tendinopatia do aquiles, dor e dormência nos pés e/ou nas mãos, dor nas nádegas, dor e dormência genital, dor lateral do quadril (bursite/tendinite glútea) e dores articulares no quadril. Para cada tipo de lesão teremos um tratamento apropriado, começando a investigação com detalhes dos treinos e equipamentos utilizados, seguindo com a história e localização da dor, exame físico e por último, exames complementares. Os tratamentos vão desde simples medicações para alívio dos sintomas, até tratamentos cirúrgicos, em casos mais graves. Você pode consultar a nossa equipe, caso apresente alguma queixa durante a sua pedalada, para que possamos esclarecer a causa da sua dor e orientar o tratamento.
Além dos ajustes inadequados nas bicicletas, outros fatores contribuem para o surgimentos das lesões de sobrecarga mencionadas acima. Erros técnicos durante o pedal como tentar deixar os dois joelhos muito próximos um dos outros, não realizar com frequência a mudança de posição no selim e no guidão, uso de marchas pesadas por períodos prolongados, entre outros são alguns destes fatores. Falta de treinamento físico apropriado fora da bike, como alongamentos, estabilização de CORE e articulações e fortalecimento muscular apropriado, também aumentam o risco de sobrecarga.
Por último, não podemos deixar de lembrar, da fundamental importância no uso de capacete como forma de se prevenir dos traumatismos cranianos. São inúmeros os relatos de acidentes fatais durante a prática do ciclismo e por isso temos que nos cercar de todos os recursos possíveis para aumentar a nossa segurança durante esta prática.
Amigos e muitos pacientes adeptos da bike, me relatam mudanças interessantes na qualidade de vida, por esta razão, observadas todas as dicas de segurança, pedalar é uma excelente opção para preservar a saúde, promover longevidade e uma vida mais vibrante.
Pedalar é muito bom!!!
