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Esclerodermia

Por: DRA. DANIELE FREITAS PEREIRA

Esclerodermia é uma doença autoimune, inflamatória e crônica do tecido conjuntivo. Sua principal característica é o endurecimento (esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa e brilhante nas áreas afetadas.

A doença é mais frequente em mulheres, na faixa etária dos 30 – 50 anos. A esclerodermia pode se manifestar sob a forma localizada (atinge somente a pele), ou sob a forma sistêmica (atinge órgãos e vasos). A esclerodermia sistêmica pode ainda ocorrer de maneira limitada (acomete a pele de forma restrita, nas extremidades, e tem manifestações sistêmicas) ou difusa (acomete a pele de forma generalizada, envolvendo tronco, face, e com manifestações sistêmicas).

A causa da doença não é conhecida. E apesar de haver casos em pessoas da mesma família, a esclerodermia não é hereditária. Existem alguns estudos que buscam associações com fatores externos como: baixa temperatura, estresse, exposição a produtos químicos e infecções por vírus e bactérias.

A forma localizada é mais comum em crianças e raramente evolui para a esclerose sistêmica. A manifestação é exclusivamente na pele, com fibrose e escurecimento local, em forma de placas ou faixas.

A forma sistêmica, além das manifestações de pele, tem como sintoma principal o fenômeno de Raynaud (mãos e pés pálidos e arroxeados quando expostos ao frio, e logo após avermelhados antes de voltar à cor normal). Dor e rigidez nas articulações, feridas nas pontas dos dedos e depósitos de cálcio na pele podem ser outros sintomas iniciais da doença. Sintomas sistêmicos decorrente de inflamação e fibrose nos pulmões, rins, esôfago, coração e vasos podem ocorrer e devem ser pesquisados.

O diagnóstico é baseado no exame físico e queixas clínicas do paciente. Exame de sangue para detectar anticorpos típicos (como anticorpo antinucleo- FAN, anti-SCL70, anticentrômero) podem auxiliar. Exames de imagem como tomografia computadorizada, prova de função pulmonar, capilaroscopia, endoscopia, ecocardiograma e outros também são úteis. É importante pesquisar diagnósticos diferenciais.

A esclerodermia ainda não tem cura. O tratamento está voltado para o controle da inflamação, alívio dos sintomas e para retardar a evolução da doença. O uso de medicamentos como: antiinflamatórios não esteroides (AINES), corticosteroides, imunossupressores e vasodilatores depende das manifestações específicas da doença.

Orientações como proteção ao frio, adaptações e mudanças de hábitos de vida são importantes. Assim como pesquisar e tratar os sintomas decorrentes de complicações da doença. Casos graves podem necessitar da infusão endovenosa de vasodilatores ou imunossupressores. Fisioterapia e produtos tópico para a pele devem ser considerados.

Um acompanhamento periódico com um reumatologista é importante, a fim de controlar e pesquisar sinais de evolução da doença e iniciar precocemente o tratamento específico.

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