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Fratura do Colo do Fêmur

Fratura do Colo do Fêmur

Por: Dr. Renato Rodrigues Pereira

fratura_colo_femur_drclinic_001O osso da coxa (fêmur) é o maior osso do nosso corpo, a sua porção proximal forma o quadril, enquanto que a distal forma o joelho. Na parte proximal, temos a cabeça do fêmur, que é recoberta por cartilagem, o que possibilita a sua articulação com a bacia (Quadril). A ligação da cabeça com o restante do fêmur é denominada colo. O colo do fêmur é responsável pela transmissão da força de energia entre a bacia e os membros inferiores; um enfraquecimento desta zona, como na osteoporese ou então, a aplicação de forças anormais, como acidentes motociclísticos pode provocar a fratura do colo do fêmur (figura 1).

Este tipo de fratura é mais comum em idosos e no sexo feminino (as mulheres sofrem três vezes mais do que os homens). Outros fatores de risco, incluem: sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, doenças ósseas e o uso de alguns medicamentos. Quando ocorrer em jovens, geralmente está relacionado a traumas de alta energia.

fratura_estresse_colo_femur_drclinic_004Quem sofre esta fratura fica incapacitado de sustentar o próprio peso do corpo e de andar; há dor intensa na região, pouco ou nenhum encurtamento e leve rotação externa do membro inferior fraturado. Em alguns casos, a dor pode irradiar para o joelho.

O diagnóstico é feito pelo médico ortopedista por meio de um exame clínico do quadril e do joelho, bem como um raio-x (figura 2) que revela grande parte das fraturas de quadril. Em alguns casos, é indicada a realização de uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada para detecção de fraturas ocultas, ou não visíveis ao RX.

O tratamento é cirúrgico, afim de se evitar que o paciente fique longos períodos acamado e inicie o quanto antes a mobilização articular de quadril e joelho. A cirurgia permite que o paciente saia da cama, seja colocado sentado, com muito menos dor, e possa fazer alguns exercícios, evitando complicações como escaras (feridas provocadas por compressão de proeminências ósseas no leito), problemas respiratórios, atrofia muscular, entre outras. O tratamento cirúrgico só tem espaço, em pacientes com condições clínicas muito precárias e que não resistiriam a um procedimento cirúrgico.

fratura_estresse_colo_femur_drclinic_005O tipo de cirurgia será determinado pelo local da fratura, pela presença ou não de desvio osseo e pelo nível de atividade do paciente. Nas cirurgias pode-se usar parafusos (figura 3) placas ou prótese (figura 4) de quadril (artroplastia), mais comum no caso de idosos. O retardo em realizar o procedimento pode aumentar o risco de complicações clínicas ou locais como a morte da cabeça femoral (osteonecrose) e falha de consolidação da fratura (pseudoartrose).

O período pós-cirúrgico e a reabilitação dependem do tipo de cirurgia: Osteossíntese ou Artroplastia. Em ambos os casos, o paciente é estimulado a sair da cama no dia seguinte ao da cirurgia, com a assistência de um fisioterapeuta. A quantidade de peso que poderá ser apoiada no membro acometido, varia de nenhum até descarga de todo o peso do corpo e será determinada pelo cirurgião, que levará em conta o tipo de fratura e a cirurgia. Os pacientes podem ter alta do hospital em três ou quatro dias, com uso de muletas, andadores ou cadeira de rodas. Meias elásticas especiais e medicamentos ajudam a prevenir o surgimento de coágulos no sangue (trombose). A continuidade de tratamento fisioterápico domiciliar ou em clínicas é fundamental para o sucesso do tratamento cirúrgico.

Medidas de prevenção as fraturas do colo do fêmur devem ser adotadas para qualquer paciente acima dos 65 anos de idade, e principalmente para aqueles pacientes que já sofreram algum tipo de fratura após uma queda simples da própria altura. Estas medidas correspondem não só a prevenção da osteoporose, mas também medidas que previnam a queda do paciente, como por exemplo, uso de abajur ao lado das camas, não utilizar tapetes e não deixar objetos espalhados pelo chão da casa, entre outros.